segunda-feira, 6 de maio de 2013

O medo e a cidadania





Tenho constatado o seguinte: neste fenómeno eleitoral que se aproxima há um medo estranho, mas cada vez mais real.

O medo constitucional e o da cidadania participativa.

Explico. Há partidos que vêm os “grupos de cidadãos eleitores” como uma ameaça ao desiderato da sua sobrevivência popular. Ninguém é dono da democracia, nem, tão pouco, a solução laboratorial está, única e exclusivamente, do lado dos cidadãos eleitores. Mas pode estar. Aliás, se eles existem é porque são necessários à qualidade democrática e na afirmação de uma sociedade melhor.

Recentemente a CDU/PCP acabou, inadvertidamente, por colocar o grupo de cidadãos eleitores JPP ao nível do PSD. O que é manifestamente uma injustiça abismal. Até compreendo divergências, sobretudo pela tradicional participação de militantes de partidos que naquele grupo interagem, mas confundir ou fazer fundir uma coisa com outra, é irrealismo.

Por isso, constato: há partidos que temem a participação popular de gente nos “grupos de cidadãos”, e preferem “atacar” uma ameaça recente e plural da cidadania do que propriamente o verdadeiro culpado pela situação de falência de Santa Cruz, o PSD.

Élvio Sousa

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