quarta-feira, 19 de junho de 2013

O SOCIAL-DEMOCRATA VEM TARDE...


Uma das promessas eleitorais que o PSD Santa Cruz reside em implementar, em caso de vitória, é o chamado “Cartão Social Municipal”, e que segundo os nossos colegas social-democratas será “alargada a todo o concelho e não só a uma freguesia, na sequência de vários protocolos a celebrar com os mais variados ramos de negócio do concelho e não só às farmácias”. Perante estas palavras é óbvio, que a medida social posta em prática pelo JPP de Gaula, nomeadamente do apoio à aquisição de medicamentos, tem incomodado, e muito.

Em 2009, quando o JPP prometeu a medida de “Apoio aos Medicamentos” para pensionistas e reformados, o PSD prometeu “mundos e fundos”, que já tinha modelos pensados, blá, blá, blá, e até ao momento nada. Agora, vem prometer, depois do apregoado betão, um mero cartão de plástico, e com uma dívida de betão de mais de 43 milhões de euros.

Mas, o incómodo é tanto quando vemos transparecer nas palavras a irredutível comparação com Gaula, pois vejamos novamente: “Uma medida que no nosso entender é mais justa, por não se tratar de distribuir valores ao acaso sem objectivo definido.”

Gostei, sobretudo pela ignorância dos mesmos, pois foram auscultados e opinantes antes da implementação do projecto de Gaula, e pelo regime de apoios ter um uma postura devidamente regimentada e publicada em Diário da República.


Viva, ao social, porque a democracia ora faz-se socializando, ora faz-se propagandeando. 

terça-feira, 4 de junho de 2013

PROCESSO - ACTA N.º 22 SANTA CRUZ



Os episódios aqui relatados são a consequência de um artigo de opinião no meu blog "Restos de Cultura - http://restoscultura.blogspot.pt/p/novas.html", cuja publicidade que lhe foi feita agradeço, publicamente.

Mostra, efectivamente, como os seres humanos reagem às evidências, procurando  ver nos outros as fragilidades de si-próprio.

Episódio1. JULGAR

Em finais do ano passado elaborei um artigo de opinião sobre a abstenção de Miguel Fonseca, aquando de uma despesa que julguei desnecessária em reunião de executivo de Santa Cruz (acta n.º 22). O texto, que transcrevo foi publicado inicialmente no blog referido:

"Mais um.

Miguel Fonseca, ex-vereador do PS na Câmara Municipal de Santa Cruz, afirmou, em tempos (e quando se preparava para a substituição em Santa Cruz), que iria resolver o problema de impostos para os cidadãos de Santa Cruz, pela via da introdução de alterações no PAEL.

No pouco tempo que lá esteve, mais propriamente na reunião de executivo de Santa Cruz mostrou, a cores e ao vivo, como ajudou o PSD a gastar mais uns tostões.

Miguel Fonseca absteve-se: tendo conhecimento da ausência de Fundos Disponíveis, isto na deliberação de autorizar a despesa do senhor presidente da câmara, numa viagem com um custo superior a 969,41€.

Ora, Miguel Fonseca, queria resolver o problema da dívida, dos impostos e do PAEL, blá, blá, blá…

Que grande profundidade de sentido de voto, perante um cenário de dificuldades financeiras!
E, segundo consta, Miguel Fonseca se proponha a resolver os problemas financeiras e a trazer um “refresco” para o desatino financeiro do PSD de Santa Cruz.

Existem políticos de secretária que têm o apoio do parceiro inseparável: PC (diga-se computador). Burocratas de gabinete, com escassa sustentação social.

Falam muito, escrevem muito mas, no fundo, a accão determina o conteúdo da casca.

Mais um, para a categoria da teorização efectiva de que a anunciada razão prática está longe da intenção."

Episódio 2. REAGIR



Miguel Fonseca reagiu e negou o conteúdo, cismando com a abstenção de um elemento do JPP. Chamou  os terceiros de vários impropérios:   "nazis", "falsificadores", etc... 

De facto, expliquei ao próprio Miguel a forma de conduta das actas, e que ele disponha de uma versão preliminar, enviada pelos serviços da câmara. 

Para acerto de agulhas, solicitei uma certidão aos serviços da câmara, e realmente tinha a verdade documentada do meu lado: Miguel Fonseca foi o único deputado a abster-se e a viabilizar a despesa do presidente.
As acusações de adulteração são infundadas e irrealistas.Recentemente, fiz um esclarecimento simples, juntando algumas folhas rubricadas e assinadas pelo executivo:

"HÁ MAIS VIDA PARA ALÉM DAS ACTAS… 

Renovo anteriores debates sobre o conteúdo de uma acta do executivo de Santa Cruz, de 4 de Novembro de 2012.

Na altura, em blog pessoal, fiz considerações sobre a acção do colega deste fórum, Miguel Fonseca, e sem alimentar mais considerandos, limitar-me-ei a publicar três páginas de uma certidão que tive acesso hoje, e que representa a versão final, assinada e rubricada.

Posso atestar, com a forma (acho eu, correcta de produzir opinião) que o documento a que tive acesso e publicado, em extracto aqui neste fórum, não foi alvo de deturpação ou de falsificação, seja por mim ou por outros colegas.

Mas também, acho oportuno dizê-lo, porque tem sido um hábito do secretário que redige as actas daquele executivo santa-cruzense - que as envia para correcção aos vereadores: São frequentes as inúmeras incongruências entre o que realmente se passou e o que vai, manifestamente, relatado. Por isso, é que são remetidas aos destinatários para leitura prévia.

O colega Miguel está na posse de uma versão preliminar incompleta, com inexactidões e imprecisões, conteúdo esse distinto da versão oficial, disponível para qualquer cidadão nos serviços municipais.

Ora bem, no meu ver, o assunto fica encerrado.

Todos somos humanos, e a capacidade de amnistiar ou de perdoar comportamentos deve imperar perante a humanização das nossas relações. Realmente, passamos muito tempo a julgar os outros (e disso, também, me penitencio) quando, na verdade, os outros mais precisam das nossas acções."

Episódio 3. NEGAR



Bem, Miguel Fonseca, pelos vistos, continua na negação, e na acusação infundada. Não tenho o hábito de alimentar "nervos à flor da pele", mas estou atento à "calunização gratuita", sobretudo quando " a má moeda atrai a má moeda".

Em vez de reconhecer publicamente o erro, e a forma incorrecta e pouco educada, como se dirigiu (e continua a dirigir) a terceiros, é reincidente e desesperante na argumentação. Mostro-lhe os dados reais, e continua a ver "fantasmas" que, afirma, o perseguem desde o nascimento da acta.

Bem, é típico, como  sempre afirmou Paul Ricœur, ver nos outros os "tiques de si-próprio". A um erro pessoal, vem acusar os outros de fabricar falsidades, e reincide na teoria da conspiração...

Ora, como a verdade corroí  e como as imagens aqui publicadas constituem a verdade dos factos e dos dados, contrariando a versão de Miguel (e a explicação que lhe dei, inclusive nas calmas), constato que emocionalmente os seres são duplamente dúbios e confusos.

Bem estou feliz, porque aquilo que afirmei surge documentado e corresponde à verdade. O resto são tretas.

Para qualquer dúvida, tenho a certidão completa da acta,e qualquer cidadão pode requerê-la nos serviços da câmara.

Fica, então encerrada o processo da Acta n.º 22, em que Miguel Fonseca, comprovadamente, ajudou o PSD a gastar mais uns tostões.