quinta-feira, 3 de outubro de 2013

RESPOSTA A FILIPE MALHEIRO


O senhor Filipe Malheiro (FM) em artigo de opinião no Jornal da Madeira de 19 de Setembro de 2013 abordou, no artigo “antecipações perigosas”, a situação política-eleitoralista de Santa Cruz, visando o grupo de cidadãos Juntos Pelo Povo (JPP).


Como nota de abertura refiro que, após a publicação do texto de FM, não tive tempo e discernimento para responder com sobriedade, porque o trabalho de campo em Santa Cruz esgotava a capacidade de alerta para versões calculistas e micro-partidárias da sociedade santacruzense. Ora vejamos:

 1. FM demonstrou preocupação sobre a constituição das listas do grupo de cidadãos assunto que, ao invés de outras forças politico-partidárias, foi tratado internamente, sem fuga das estratégias para fora. O que reforça a unidade e a harmonia da equipa. Vão-se habituando.

2.      O JPP não é um grupo originário de Gaula, ou como apregoa, ao estilo pejorativo e ostracista do presidente do governo a “coligação de Gaula”. O JPP é um grupo diversificado e pluralista de cidadãos de todo o concelho de Santa Cruz. Nada mais, nade menos. Ponto final.

3.      FM fala de “encenação à volta da candidatura”. Bem, o que não direi da obsessão diária do seu Jornal da Madeira, que custa ao erário público mais de 10 mil euros diários, em aflorar Jorge Baptista como o “herói” e o “novo” salvador da Comarca de Santa Cruz, o libertador das finanças camarárias, o temerário combatedor dos incêndios …

4.      Filipe Malheiro, desconhece os valores e a filosofia reinante no grupo JPP. É compreensível. FM é, além de um cidadão atento, também um “produto” de uma escola partidária, que se move pelo tacticismo calculista de “interesses” em detrimento de “pessoas”. Por isso, é-lhe incompreensível, por visão sectária, ver trabalhar em prol da sociedade gente da dita “esquerda” e da dita “direita”. E ainda tem o desplante de falar dos partidos que faliram o País e da troika, tendo à beira da janela o seu PSD-Madeira (da qual é militante), e o rosto do presidente do governo que faliu a Madeira e assinou um Plano de Assistência Financeira à República.

5.       Diz, ainda, Filipe Malheiro que não é por via da eleição de uma junta ou de uma câmara que se resolve os problemas de uma região ou de um País. Está redondamente enganado. A mania das grandezas, a inferiorização da geografia humana e física é típica de um regime autoritário e do pensamento centralista. Qualquer “revolução” tem um começo e um epicentro. E, quer ou não queira, já começou.


2 de Outubro de 2013.

domingo, 15 de setembro de 2013

SANTA CRUZ E A OPOSIÇÃO


Tem sido curioso observar o modelo como alguns colegas de outras forças políticas se posicionam relativamente às próximas eleições autárquicas de Santa Cruz. Julgo, na minha modesta opinião, que nas opções que se transmitem cá para fora persiste mais calculismo que intuição.

Desde que o Presidente da República marcou as eleições para 29 de Setembro do presente, (e que algumas forças politicas da maioria já o sabiam, antes da divulgação oficial), vários partidos, entre os quais o PSD e a CDU, têm virado os holofotes para a oposição, nomeadamente para o JPP.

Em primeiro lugar, o PSD, que governa Santa Cruz há mais de 30 anos, tenta passar a ideia de que o grupo de cidadãos tem funções executivas no governo da câmara, ou seja, que exercita com pelouro a gestão municipal. Pura falácia. Uma simples consulta atenta, ali se verifica que os colegas sociais-democratas pura e simplesmente não executam as propostas da oposição, recaindo sobre o presidente essa função responsável.

Por outro lado, a CDU/PCP tenta a todo o custo observar os aspetos menos positivos, ignorando simplesmente as medidas sociais e de proximidade que o JPP impôs em Santa Cruz. Notoriamente a CDU está a fazer campanha com o auxílio do Excel, ou seja, tenta capitalizar votação e sustentação social no leque dos partidos que apoiam o grupo de cidadãos eleitores, sobretudo impondo uma deslocação à tradicional esquerda.

Suponho que seja uma estratégia demasiadamente calculista, pois ignora deliberadamente o que também de bom e de justo se fez em Santa Cruz.

Portanto, temos por um lado, um partido, PSD, governante, que tenta se desresponsabilizar das promessas efetuadas. E, por outro, a CDU que conhece intuitivamente os valores democráticos do JPP, mas que assobia para o lado, na procura incessante da expressão votativa.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SANTA CRUZ: O FUNCHAL VEM EM PESO

Segundo o DN de hoje "Alberto João Jardim tem agendado 39 presenças em outros tantos convívios e vai estar no adro de nove paróquias, mas somente em dois concelhos: São Vicente e Santa Cruz.! ", SANTA CRUZ. Mas o candidato do PSD, Jorge Baptista, não afirmou que "estas eleições não eram para o Alberto João" (cito).

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A OBSESSÃO


Miguel Fonseca aguardava há muito que a ferida aparecesse para lá colocar o dedo e o objeto pontiagudo.

É típico dos teóricos isolacionistas comportarem-se desse modo. Quando são alvo de refutação (pois se acham no direito exclusivo de contestar os outros, e jamais serem controvertidos) laboram, noite e dia, para o novo “inimigo” que o contraria. E vale tudo, para abater o JPP.

Pois bem, é interessante observar este modelo, que procura ver nos outros, as fragilidades de si-próprio.

Cismou com uma ata que, até hoje, não foi contestada a sua veracidade, e no qual foi responsável pelo que lá está, e pela interpretação de momento.

Ainda estou à espera da “ata” supostamente original, que diz ser portador. Enfim, deve estar eminente um novo “regime pessoal de acesso aos documentos administrativos”, com certificação deliberada para proveito, ao Miguel Fonseca.

Fragilizado pela refutação, porque não está quotidianamente habituado, apela aos socialistas, comunistas, trotskistas, estalinistas, bloquistas e santacruzenses em geral (…) a construção de um novo exército contra essa dita “praga” oriunda do Povo.

Afirma que é preciso: “travá-los, enquanto é tempo”. (SIC).

Nunca pensei que o Miguel garantisse, ao JPP, tanta importância. Ao ponto converter quase diariamente um cismada mania pelo grupo de cidadãos eleitores.

Nasceu uma nova obsessão em Santa Cruz.

A dialética cidade-campo, teoria-prática, boa e má moeda, têm destas coisas.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

“ATIRAR AREIA” PARA OS OLHOS – ser directo, ser gaulês.


É curioso observar como o PSD de Santa Cruz tenta, injustificadamente, culpabilizar o JPP pelo não cumprimento das suas promessas no manifesto eleitoral a sufrágio, em 2009.

O manifesto em causa, do JPP, respeitava ao Município de Santa Cruz (ou seja, à Câmara de Santa Cruz), e portanto não às juntas de freguesia, inclusive à de Gaula, como aquela força quer fazer passar.

O fenómeno mais interessante diz respeito ao candidato do PSD à Assembleia de Freguesia de Gaula, Pedro Freitas, que ao invés de trazer debaixo do braço o manifesto do PSD vencedor em Santa Cruz (recorde-se, porque é elementar que foi o PSD a vencer a Câmara de Santa Cruz), carrega obcecadamente o panfleto do JPP, derrotado pelo PSD.

Portanto, o que deve ser avaliado é o PSD e não o JPP. O caso da Gaula, como pessoa colectiva “junta” é outra história.

Mas vejamos, entre outras, as promessas do PSD, inclusive do ora candidato e vereador Jorge Baptista em 2009, para a Freguesia de Gaula, sem concretização (com imagens em anexo):

- “Alargamento da vereda da Levada da Torre
- Requalificação da antiga Escola da Fazenda para infantário
- Alargamento e Pavimentação da ligação Faia-Lombo
- Ligação da Rua do salão à Rampa do Salão
- Centro Cívico da Achada
- Ligação da Rampa do Pomarinho à Travessa do Lagar do Carvalho
- Ligação Achada de Cima/Clemente Tavares (Vereda do Galinheiro)
- Prolongamento do Impasse José Pereira de Nóbrega”

Jorge Baptista, candidato à Câmara pelo PSD, interlocutor principal de Passos Coelho do PSD (que quis fechar a freguesia de Gaula, e os serviços desta autarquia aos gauleses, e que cortou ao seu orçamento mais de 10 mil euros); e Pedro Freitas, candidato à Assembleia de Freguesia pelo PSD, encarregado principal de Jorge Baptista, que cortou à Freguesia e aos gauleses mais de 10 mil euros ano, por via do corte do protocolo com as juntas, são duas peças de um puzzle que levaram Santa Cruz à falência.

Aumentaram os impostos aos gauleses, com o seu PSD: aumentaram o IMI, as taxas e a derrama sobre as empresas.


Pois bem, trajados de laranja, vem acenar com o verde, porque suspeitam que o Povo é fluorescente, isto é, tapado ...


quarta-feira, 19 de junho de 2013

O SOCIAL-DEMOCRATA VEM TARDE...


Uma das promessas eleitorais que o PSD Santa Cruz reside em implementar, em caso de vitória, é o chamado “Cartão Social Municipal”, e que segundo os nossos colegas social-democratas será “alargada a todo o concelho e não só a uma freguesia, na sequência de vários protocolos a celebrar com os mais variados ramos de negócio do concelho e não só às farmácias”. Perante estas palavras é óbvio, que a medida social posta em prática pelo JPP de Gaula, nomeadamente do apoio à aquisição de medicamentos, tem incomodado, e muito.

Em 2009, quando o JPP prometeu a medida de “Apoio aos Medicamentos” para pensionistas e reformados, o PSD prometeu “mundos e fundos”, que já tinha modelos pensados, blá, blá, blá, e até ao momento nada. Agora, vem prometer, depois do apregoado betão, um mero cartão de plástico, e com uma dívida de betão de mais de 43 milhões de euros.

Mas, o incómodo é tanto quando vemos transparecer nas palavras a irredutível comparação com Gaula, pois vejamos novamente: “Uma medida que no nosso entender é mais justa, por não se tratar de distribuir valores ao acaso sem objectivo definido.”

Gostei, sobretudo pela ignorância dos mesmos, pois foram auscultados e opinantes antes da implementação do projecto de Gaula, e pelo regime de apoios ter um uma postura devidamente regimentada e publicada em Diário da República.


Viva, ao social, porque a democracia ora faz-se socializando, ora faz-se propagandeando. 

terça-feira, 4 de junho de 2013

PROCESSO - ACTA N.º 22 SANTA CRUZ



Os episódios aqui relatados são a consequência de um artigo de opinião no meu blog "Restos de Cultura - http://restoscultura.blogspot.pt/p/novas.html", cuja publicidade que lhe foi feita agradeço, publicamente.

Mostra, efectivamente, como os seres humanos reagem às evidências, procurando  ver nos outros as fragilidades de si-próprio.

Episódio1. JULGAR

Em finais do ano passado elaborei um artigo de opinião sobre a abstenção de Miguel Fonseca, aquando de uma despesa que julguei desnecessária em reunião de executivo de Santa Cruz (acta n.º 22). O texto, que transcrevo foi publicado inicialmente no blog referido:

"Mais um.

Miguel Fonseca, ex-vereador do PS na Câmara Municipal de Santa Cruz, afirmou, em tempos (e quando se preparava para a substituição em Santa Cruz), que iria resolver o problema de impostos para os cidadãos de Santa Cruz, pela via da introdução de alterações no PAEL.

No pouco tempo que lá esteve, mais propriamente na reunião de executivo de Santa Cruz mostrou, a cores e ao vivo, como ajudou o PSD a gastar mais uns tostões.

Miguel Fonseca absteve-se: tendo conhecimento da ausência de Fundos Disponíveis, isto na deliberação de autorizar a despesa do senhor presidente da câmara, numa viagem com um custo superior a 969,41€.

Ora, Miguel Fonseca, queria resolver o problema da dívida, dos impostos e do PAEL, blá, blá, blá…

Que grande profundidade de sentido de voto, perante um cenário de dificuldades financeiras!
E, segundo consta, Miguel Fonseca se proponha a resolver os problemas financeiras e a trazer um “refresco” para o desatino financeiro do PSD de Santa Cruz.

Existem políticos de secretária que têm o apoio do parceiro inseparável: PC (diga-se computador). Burocratas de gabinete, com escassa sustentação social.

Falam muito, escrevem muito mas, no fundo, a accão determina o conteúdo da casca.

Mais um, para a categoria da teorização efectiva de que a anunciada razão prática está longe da intenção."

Episódio 2. REAGIR



Miguel Fonseca reagiu e negou o conteúdo, cismando com a abstenção de um elemento do JPP. Chamou  os terceiros de vários impropérios:   "nazis", "falsificadores", etc... 

De facto, expliquei ao próprio Miguel a forma de conduta das actas, e que ele disponha de uma versão preliminar, enviada pelos serviços da câmara. 

Para acerto de agulhas, solicitei uma certidão aos serviços da câmara, e realmente tinha a verdade documentada do meu lado: Miguel Fonseca foi o único deputado a abster-se e a viabilizar a despesa do presidente.
As acusações de adulteração são infundadas e irrealistas.Recentemente, fiz um esclarecimento simples, juntando algumas folhas rubricadas e assinadas pelo executivo:

"HÁ MAIS VIDA PARA ALÉM DAS ACTAS… 

Renovo anteriores debates sobre o conteúdo de uma acta do executivo de Santa Cruz, de 4 de Novembro de 2012.

Na altura, em blog pessoal, fiz considerações sobre a acção do colega deste fórum, Miguel Fonseca, e sem alimentar mais considerandos, limitar-me-ei a publicar três páginas de uma certidão que tive acesso hoje, e que representa a versão final, assinada e rubricada.

Posso atestar, com a forma (acho eu, correcta de produzir opinião) que o documento a que tive acesso e publicado, em extracto aqui neste fórum, não foi alvo de deturpação ou de falsificação, seja por mim ou por outros colegas.

Mas também, acho oportuno dizê-lo, porque tem sido um hábito do secretário que redige as actas daquele executivo santa-cruzense - que as envia para correcção aos vereadores: São frequentes as inúmeras incongruências entre o que realmente se passou e o que vai, manifestamente, relatado. Por isso, é que são remetidas aos destinatários para leitura prévia.

O colega Miguel está na posse de uma versão preliminar incompleta, com inexactidões e imprecisões, conteúdo esse distinto da versão oficial, disponível para qualquer cidadão nos serviços municipais.

Ora bem, no meu ver, o assunto fica encerrado.

Todos somos humanos, e a capacidade de amnistiar ou de perdoar comportamentos deve imperar perante a humanização das nossas relações. Realmente, passamos muito tempo a julgar os outros (e disso, também, me penitencio) quando, na verdade, os outros mais precisam das nossas acções."

Episódio 3. NEGAR



Bem, Miguel Fonseca, pelos vistos, continua na negação, e na acusação infundada. Não tenho o hábito de alimentar "nervos à flor da pele", mas estou atento à "calunização gratuita", sobretudo quando " a má moeda atrai a má moeda".

Em vez de reconhecer publicamente o erro, e a forma incorrecta e pouco educada, como se dirigiu (e continua a dirigir) a terceiros, é reincidente e desesperante na argumentação. Mostro-lhe os dados reais, e continua a ver "fantasmas" que, afirma, o perseguem desde o nascimento da acta.

Bem, é típico, como  sempre afirmou Paul Ricœur, ver nos outros os "tiques de si-próprio". A um erro pessoal, vem acusar os outros de fabricar falsidades, e reincide na teoria da conspiração...

Ora, como a verdade corroí  e como as imagens aqui publicadas constituem a verdade dos factos e dos dados, contrariando a versão de Miguel (e a explicação que lhe dei, inclusive nas calmas), constato que emocionalmente os seres são duplamente dúbios e confusos.

Bem estou feliz, porque aquilo que afirmei surge documentado e corresponde à verdade. O resto são tretas.

Para qualquer dúvida, tenho a certidão completa da acta,e qualquer cidadão pode requerê-la nos serviços da câmara.

Fica, então encerrada o processo da Acta n.º 22, em que Miguel Fonseca, comprovadamente, ajudou o PSD a gastar mais uns tostões.





terça-feira, 28 de maio de 2013

A CDU e SANTA CRUZ: A OBSESSÃO

















Tenho excelentes amigos no PCP-Madeira, o comendador Rui Nepomuceno, o advogado João Lizardo, entre outros; e sempre aprendi a respeitar ideologias, ideais e opções de cada qual. Por essa razão tenho todo o respeito pelos partidos políticos, nomeadamente pelo PCP/CDU, cuja sede na Rua da Carreira sempre me acolheu e me forneceu conteúdos que considero absolutamente pertinentes numa sociedade democrática.

Todavia, não posso deixar passar em claro, situações que me parecem obcecadamente pessoalizadas e com carência de tino, sobretudo de pessoas que não conheço pessoalmente, e que julgo que têm imensa dificuldade em conviver democraticamente. Falo concretamente do porta-voz, e candidato pela CDU a Santa Cruz, Dírio Ramos, que nas últimas três semanas já mostrou que, no jogo político-eleitoralista, não é diferente de muitos outros seres nestas andanças.

O candidato à CDU, por Santa Cruz, num curto espaço de tempo já nos adjetivou de "COBARDES", "MATREIROS" e, mais recentemente, de “TONTOS”, “MALFEITORES” e "FALSOS", numa demonstração pública de carência ideológica e de obsessão infundamentada pelos rostos do grupo de cidadãos eleitores JPP- Juntos Pelo Povo.

Por este caminho - julgo eu, errado e sinuoso pela carência de ideias e de projetos - já começo a visualizar o "excelente" programa da CDU para Santa Cruz: a difamação e a obsessão pessoalizada.

Na minha modesta opinião, acho que o camarada Dírio Ramos está, irreversivelmente, a destruir o que a CDU tem e teve de bom no processo democrático regional, não convive bem com o contraditório, e mais grave, recorre insistentemente à calúnia para relevar as suas pretensões.

Estou a observar, e o Povo também.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

RESPONSABILIZAR QUEM?




Numa altura em que a Região se depara com o grave problema do desemprego e da miséria, e com as crescentes estatísticas de 49% ao nível do desemprego jovem, eis que a prioridade do PSD Madeira é, nada mais, nada menos, que: “combater os bufos”.

O grupo parlamentar do PSD entregou ontem, na Mesa da Assembleia Legislativa da Madeira, um projeto de resolução denominado “Por um regime político transparente” que, julgue-se a elevada prioridade do momento, procurar a “responsabilização dos cidadãos”.

Diria eu, na minha discutível opinião, e pela constatação que passo diariamente no atendimento de cidadãos aflitos e com problemas vários (entre os quais o dar de comer ao filhos), que o PSD quer responsabilizar os cidadãos.

Antes pelo contrário. Pelo que vejo e sinto (e na qual também me incluo, por arrasto) os cidadãos entendem ser o momento de responsabilizar os políticos. Os bons e os maus.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O medo e a cidadania





Tenho constatado o seguinte: neste fenómeno eleitoral que se aproxima há um medo estranho, mas cada vez mais real.

O medo constitucional e o da cidadania participativa.

Explico. Há partidos que vêm os “grupos de cidadãos eleitores” como uma ameaça ao desiderato da sua sobrevivência popular. Ninguém é dono da democracia, nem, tão pouco, a solução laboratorial está, única e exclusivamente, do lado dos cidadãos eleitores. Mas pode estar. Aliás, se eles existem é porque são necessários à qualidade democrática e na afirmação de uma sociedade melhor.

Recentemente a CDU/PCP acabou, inadvertidamente, por colocar o grupo de cidadãos eleitores JPP ao nível do PSD. O que é manifestamente uma injustiça abismal. Até compreendo divergências, sobretudo pela tradicional participação de militantes de partidos que naquele grupo interagem, mas confundir ou fazer fundir uma coisa com outra, é irrealismo.

Por isso, constato: há partidos que temem a participação popular de gente nos “grupos de cidadãos”, e preferem “atacar” uma ameaça recente e plural da cidadania do que propriamente o verdadeiro culpado pela situação de falência de Santa Cruz, o PSD.

Élvio Sousa

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A CDU e SANTA CRUZ



A candidatura da CDU vem, hoje, 1 de Maio de 2013 tecer considerações negativas sobre o JPP em Santa Cruz. Como, habitualmente, toda a crítica carrega o contraditório, o JPP tem a considerar:


1. É pena que a força comunista veja o JPP como um adversário, e que aponte apenas aspectos negativos (pois, na verdade, ninguém nasce e vive perfeito), fazendo crer que a persistência e a qualidade interventivas junto da sociedade de Santa Cruz está, apenas, do seu lado.



2. O partido comunista, cada vez mais acentuadamente ortodoxo e isolado do companheirismo social dos cidadãos que interagem de grupos politicos-eleitoralistas, esquece o profundo trabalho social que o JPP desenvolve em Santa Cruz no acompanhamento dos problemas dos cidadãos, no alívio dos impostos deste ano por via do IMI, no planeamento urbanístico por via dos planos de urbanização, na valorização patrimonial (entre a quais a classificação do mercado de santa cruz); na inviabilização do “roubo” do dinheiro dos cidadãos pelo negócio da Quinta da Escuna, nos planos de emergência social e nas medidas de ajuda à população carenciada e reformada.



3. Portanto, só nos resta lamentar que a CDU e o partido comunista português vivam ofuscados na consideração depreciativa com que julgam os outros, e ignoram a expressiva qualidade na intervenção do JPP tanto no terreno como nos bastidores.



4. Por esse caminho sinuoso, do isolamento circunstancial em denegrir o trabalho dos outros, sobretudo de uma força politica que também é alternativa em Santa Cruz e com grande alcance social, só vêm estender o "tapete vermelho" ao PSD, único responsável pela estado a que Santa Cruz chegou.



5. Assim, façam o vosso caminho, mas apontem as armas a quem levou o concelho á ruína e levou à forte carga de impostos aos cidadãos de Santa Cruz.



Élvio Sousa


quinta-feira, 28 de março de 2013

A CULPA É DO "REINO", DIZEM ELES



Foto DR.


A culpa é o "Reino", dizem eles...

O PSD Madeira, e seu presidente, deverão estar deliciados, pois agora, terão um Sócrates, para desviar as atenções da desgraça económico-social regional.

Com um discurso caduco e decadente, servirão doravante pratos e pratos com o "cabeça" do bicho-papão, chamado Sócrates.

Comparado com a dupla Passos Coelho e Gaspar, Sócrates fez, apenas, comichão à regionalidade das economias.

quinta-feira, 7 de março de 2013

FUNCHAL E SANTA CRUZ: A CONFUSÃO E DELEITE

DR:



São várias as pessoas que têm contactado para indagar o modelo de escolha dos cidadãos que encabeçarão as listas do JPP aos órgãos autárquicos de Santa Cruz.

Na verdade, parece que há gente com assento na partidocracia do Funchal, mais interessada em definir a alternativa de Santa Cruz, do que propriamente justapor a (sua) terra funchalense.

Ora bem, este artigo é pessoal, e portanto posso ajustar algumas convergências e esclarecer pontos de vista, nomeadamente de meios político-partidários que, apesar de até ao momento não terem convergido ou dialogado em Santa Cruz, têm pontas-de-lança geradores de confusão na capital.

O projecto de Santa Cruz é pluri-democrático e multicolor nas opções de cada qual. Quem quiser entrar, sem calculismos e pré-negociação de “cabeças pensadoras”, tem sempre a oportunidade de mostrar que está “Junto Pelo Povo”. Quem alegadamente parece jogar “Junto por Si / ou Junto pelo Seu Interesse Partidário” não valerá a pena convergir, porque aos ideais da “fortaleza” não caberá tamanha conveniência.

E, assim, será. Não existirão negociações, porque as pessoas não são negociáveis. Haverá convergências.

Para Santa Cruz tudo se compõem com gente livre e liberta de interesses manietados e conjugados por alegadas coligações ou escolhas de gente, como se fossem números clausulos, numa soma com resultados imprevisíveis.

Também é certo que para Santa Cruz, o modelo será manifestamente diferente do “esquema autárquico” do Funchal. Totalmente diferente…

Sem dúvida, que o grupo de cidadãos concorrerá sozinho, mas muito bem acompanhados pelos nossos colegas e simpatizantes de outras forças politico-eleitoralistas-partidárias, sem discriminação da tradicional direita ou esquerda.

Repito, não é uma coligação, é um livre-arbítrio de uma escolha da manifestação da extrema confiança no outro, na conjugação de uma alternativa com cidadãos independentes ou dependes de filiação, e complemento com pensadores e executores credíveis na participação cívica e democrática.

Portanto, tudo o resto será internamente discutido, e externamente tranquilizado.

Habituem-se porque, o estado da “Região” também se padece da grata “bilhardice” com que bons homens e boas mulheres se “vestem” esporadicamente.

Pessoalmente, prefiro discordar para dentro e harmonizar para fora. E o JPP também.

Tudo o que é sólido se dilui no ar” (Marx). E a “bilhardice” vem dos “ares da terra funchalense”.

Élvio Sousa

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

JPP: coligação ou sozinho (e bem acompanhado).





Esta semana veio à baila novamente a questão das terminologias, que podem ser calculadamente depreciativas. Começaram por chamar: “lista” e “coligação de cidadãos”. Depois, e outra vez (ontem) pela pena de Luís Filipe Malheiro, “coligação de esquerda”.

Realmente, acho que toda a gente tem direito a um nome próprio, e é sempre correcto (e educado), - usar a designação validada pelos órgãos de soberania, após o “baptismo” de um grupo que forma os cidadãos eleitores (JPP).

Parece-me claro que as autárquicas estão a mexer consciências e calculismos. Agora, é importante referir que o JPP não discrimina a direita ou a esquerda, não afasta nem desvaloriza cidadãos intervenientes na vida activa (inclusive a político-eleitoralista).
Nem tão-pouco é uma “coligação de esquerda”, pelo simples facto de ao Povo (e somos Juntos pelo Povo) ser dado o direito do livre-arbítrio e o da escolha de um mundo melhor. 

Esse caminho, repito, tem muitas voltas, inclusive pela tradicional dita esquerda ou direita, e com níveis de segurança pelo centro.

Na verdade, no presente, a única coligação que conheço em Santa Cruz é a do PSD com o JM, isto é PSD e Jornal da Madeira. Nos primeiros meses do ano, o dito órgão terá aberto uma delegação no Santo da Serra, tendo como porta-voz o colega autarca local, que logicamente (e à luz do calculismo que, também, utiliza os dinheiros públicos dos cidadãos contribuintes) surge como o testa-de-ferro do n.º 1 do PSD a Santa Cruz.

Élvio Sousa

sábado, 2 de fevereiro de 2013

ASSINA POR BAIXO...


É curioso observar como recém-políticos de Gaula assinam, sem pestanejar, os extensos comunicados remetidos pela Rua dos Netos, do Funchal.

Chegam ao ponto de atribuir à oposição, a responsabilidade da situação actual da câmara com mais de 43 milhões de euros de dívida, onde mais de 20 milhões, são de pesada herança de Savino Correia.


Desde o pós 25 de Abril de 1975 que o PSD governa Santa Cruz. Desde essa data, e apesar de abolida a ditadura, existem "escravos de pensamento" que são obrigados a ler comunicados, e a assiná-los.

Estaria a refutá-los se, ainda, fossem produto da massa-cinzenta local. Mas não são. 


Têm sido reproduzidos esta semana por todas os quintais, e com a douta coligação do Jornal da Madeira.



quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O PSD e os MILHÕES










O PSD e os milhões


Começa a ficar claro a estratégia do PSD de Santa Cruz no uso das estruturas públicas para serviço próprio.


E como a história tem rezado, onde estão os milhões está, de pedra e cal, o PSD.

É obvio que falo concretamente do Jornal da Madeira (JM) que, desde o fim-de-semana, tem um pivot pago com dinheiros públicos ao serviço do partido, e um testa-de-ferro, o colega Martinho Gouveia (presidente da Junta de Freguesia do Santo da Serra e deputado municipal), a dar a cara e a ler o texto entregue pela Rua dos Netos, a desbravar caminho para o candidato Savino Correia.

Ficou muito transparente nas notícias de ontem e de hoje, e ficará, como água límpida, nos dias futuros.

Suponho que a larga maioria dos cidadãos de Santa Cruz (da Madeira e Porto Santo) não sabem que aquele órgão impresso custa ao erário público, ou seja ao bolso das nossas contribuições, mais de 3 milhões de euros por ano. E é certo que é distribuído gratuitamente e às centenas, inclusive no adro das igrejas

O padre amigo, Mário Tavares escreveu, em tempos, que o PSD nasceu na sacristia. No século XXI continua à beira dos templos.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Os agachados



Imagem DR.


Pedro Passos Coelho afirmou recentemente nos Açores que diferencial fiscal entre o Continente e as Regiões Autónomas é para manter, de acordo com a proposta de revisão da Lei das Finanças Regionais.


Após estas afirmações, o silêncio dos responsáveis do PSD-Madeira é motivo de “engulho seco”.


Sempre considerei, e sobretudo para a polémica reforma administrativa da fusão/extinção das freguesias, que o Governo Regional (já moribundo pelo desgaste da assinatura com a República do plano de ajustamento) não teria, à partida, capacidade e frescura de negociação.


Agora, novo golpe e, a se confirmar pelo silêncio cúmplice, muita saliva engolida em seco. Tão seco como a maior redução das transferências do Estado para as Regiões. 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

“Santa Cruz, um Concelho em que o PSD dá como uma câmara perdida”



Nos últimos tempos, a comunicação social escrita tem veiculado uma afirmação que se pode traduzir numa das principais rasteiras à candidatura do grupo de cidadãos eleitores Juntos Pelo Povo. É hábito ler a frase que encima a presente opinião, antevendo o duelo das próximas autárquicas para 2013: “Santa Cruz, um Concelho em que o PSD dá como uma câmara perdida


Ora bem. Estas afirmações são perigosas do ponto de vista da estratégia eleitoralista do JPP, ou de qualquer outra força política na oposição em Santa Cruz.


É certo que o JPP tem desempenhado uma função de proximidade, dando azo ao seu próprio nome (juntos pelo povo), numa acção que aproxima o grupo de cidadãos à condição de segunda força política em Santa Cruz. Mas, na verdade, o PSD é exímio na estratégia e eficaz no terreno.


Não acho que o PSD dê Santa Cruz por perdida para outra entidade política. Acho que, entre outros aspectos entendíveis na estratégia que o caracteriza, o PSD está a contribuir para passar essa mensagem de alegada “perdição”.
Atenção: Vem aí uma luta desigual. É David contra Golias. É uma máquina estruturada e com experiência de anos contra um grupo coeso sem recursos e subvenções eleitoralistas.


Muito cuidado com as afirmações pensadas e calculadas para interagir sossego e acalmia no adversário.